quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sobre a Copa da Inclusão

Todos os anos há uma festa para os usuários dos diversos serviços de saúde mental da grande São Paulo: a Copa da Inclusão.É uma oportunidade para conhecermos outras pessoas, nos divertimos em um espaço próprio para lazer (trata-se de um parque chamado SESC Itaquera).
Eu pude observar que a cada ano que passa aumenta mais o numero de participantes, este ano foram 40 serviços. É realizado um torneio de futebol onde cada equipe se prepara durante todo ano visando esse torneio.
Esse ano a nossa equipe estava bem preparada, mas não tivemos muita sorte, pois perdemos todos os jogos (futebol também é uma questão de sorte)!
Voltando ao SESC, há também outras atividades: tênis de mesa, campeonato de xadrez, de damas, de dominó. É também interessante o próprio parque, pois há uma grande área verde muita boa para descansar junto à natureza. Foram seis sábados muito bons, pois o clima ajudou e quase todos os dias foram ensolarados.
Nos últimos sábados, as partidas de futebol foram emocionantes, pois se classificaram os melhores, que jogavam muito bem. De negativo, só um fato isolado (que não estragou a festa): os finalistas, não querendo perder o título, deixaram-se levar pela emoção e não conseguiram terminar o jogo. O juiz deu a partida por encerrada e valeu o placar que estava: 2 x 1 para o Santo André. Na minha opinião, foi um resultado justo pois o Santo André era uma equipe muito boa.
Independentemente disso, é uma ocasião muito boa para nós, pois pudemos nos divertir bastante. Eu espero ansioso para o próximo ano!
José Bisoffi

Opinião de jogador do time CAPS Arco-Íris:
Eu adorei participar da Copa, foi uma experiência muito importante para mim. Eram 40 grupos diferentes, ninguém queria perder. Só pensavam em ganhar. No final tiveram muitas brigas sem  motivo dos grupos. Ninguém queria perder!
Marcelo Ramos dos Santos




















segunda-feira, 27 de setembro de 2010

História de uma vida


Olha pessoal, queria contar da minha vida!
Eu fui muito feliz enquanto estive com a minha mãe. Quando ela estava viva me sentia uma princesa, como a Fiona. Mas depois a máscara caiu e eu senti muito medo. Hoje encontrei razão para superar o medo porque nem tudo que é bonito se põe na mesa.
Resumindo tudo: a Fiona é um pouco de mim! A sua feiúra conseguiu conquistar todas as pessoas, principalmente, o seu príncipe, Shrek. Eu não tenho príncipe, mas tenho meus filhos. Mesmo assim me sinto só. Eles saem e me deixam sozinha.
Queria parar de sofrer. Só Deus dará uma solução para o meu sofrimento.
E assim, assino como Fiona.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Amor sem ilusão

moça do meu coração
olho para você e sinto a minha paixão;
roubo o meu destino
e quando veio a dor passou
a te conhecer e não te perder
mas se é para ser sincero por ti
eu não te abandono.




Alexandre Marçal.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A História recente de Guarulhos


Ela, a História política de Guarulhos, começa na década de sessenta. Quando uma família rica e poderosa, que desde que mudou para cá se associou ao poder concordando com aquilo que chamavam de partido político na época chamada Arena  (Aliança Nacional Renovadora), que comandavam o pais. A então oposição chamada MDB (Movimento Democrático   Nacional) até que tentava fazer oposição, mostrando ao povo que aquela situação estava errada e que o país precisava de democracia. Mas voltando a cidade de Guarulhos, a tal família controlava totalmente o poder  político local, inclusive era comum a compra de votos, pois eram muito ricos. Uma de suas maiores propriedades, a principal empresa de ônibus da cidade comandava o meio de transportes coletivos e não permitia de forma nenhuma a concorrência.
A cidade se limitava a assistir passivamente ao abandono que a sujeitavam. Faltava tudo: asfalto, rede coletora de esgoto, água tratada, escolas e principalmente o transporte coletivo, que era de péssima qualidade - pois os ônibus eram sujos, velhos e lotados.
Os anos foram passando e eles sempre ricos e sólidos. Até que na década de oitenta, um morador da cidade fundou um semanário chamado Olho Vivo*, que pretendia começar uma luta - ainda que fosse a luta da formiguinha contra o elefante. A ditadura militar já estava em decadência e a oposição começava a ganhar espaço. Vale lembrar que foram vinte anos de governo autoritário e por isso, uma descrença e indiferença para com a classe política. Era preciso então reascender no povo a esperança perdida.
Nessa época o jornal Olho Vivo se tornou um meio de reconquistar a democracia e uma voz de poder para o povo. A estrutura política passou a ser diretamente combatida e criticada por esse jornal. O único partido de oposição, o MDB, ganhou grande respeito da população. A família poderosa se antecipou e trocou de partido. Parecia que seria eterna a dominação deles. Enquanto isso, o pequeno jornal continuava sua luta. Foi então que ocorreu um fato inesperado: um prefeito do grupo dos poderosos foi acusado de corrupção (não vou aqui entrar em detalhes) e de fato ficou comprovada a corrupção. Ele foi cassado e isso reanimou a discussão política na cidade e, ao mesmo tempo, devolveu o crédito na oposição. O agora jornal Olho Vivo ganhou um grande impulso, pois passou a ser visto como representante da população. Então, de forma oportuna, o pequeno jornal foi mostrando ao povo a necessidade de uma conciência política, divulgando de forma constante toda corrupção que havia no poder. Mas a oposição ainda estava longe de alcançar o poder. Foi então que um promotor resolveu denunciar um dos muitos casos de corrupção. Foi ameaçado por eles , precisou de proteção policial mas não desistiu.
Finalmente o império começava a ruir, vários partidários do prefeito foram acusados, processados e cassados. Todo esse processo foi acompanhado e relatado para a população pelo pequeno jornal - ele era o único pois a grande impressa de São Paulo nunca deu atenção para nossos problemas.   
Vieram novas eleições, o povo estava devidamente esclarecido e entendeu que era hora de mudar. Foi o que aconteceu.
Ainda há muito a conquistar, mas uma coisa é certa: nunca mais voltaremos àqueles dias de imperialismo ditadorial.

*O antigo jornal Olho Vivo mudou de nome, passou a chamar-se Diário de Guarulhos (http://www.diariodeguarulhos.com.br)
Jose Bisoffi

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Entrevista com Riccardo Moleti


Por Jose Bisoffi

Estamos tendo o privilegio de entrevistar nosso amigo Ricardo Moletti sobre sua vida enquanto residiu na Itália, como estórias vividas, amigos, enfim sua passagem na Itália:

- O que você nos conta da Itália, de que parte sua família é?
Minha família vem de Nápoles.
- A Itália é realmente bonita como dizem os Italianos?
Não. Lá só tem coisas velhas, museus, drogas.
- O que você fazia na Itália?
Tive uma agência de limpeza, um barzinho e outros trabalhos diversos.
- Você conheceu Roma ou outras cidades históricas?
Conheci o Coliseo, San Marino, Perugia etc.
- Gostou de alguma em especial?
San Marino, é muito bonita, é chamado de Itália em miniatura.
- Qual era o seu time de futebol preferido?
O Nápole .
- Sobre o cappuccino, é gostoso?
É diferente.
- Como eles tratam os estrangeiros?
O povo me decepcionou, são muito preconceituosos.
- É verdade que há diferenças entre o sul e o norte?
Sim, os sulistas são mais humanos.
- Por que você voltou? Saudades do Brasil?
Por problemas de família.
- Tem vontade de voltar para lá?
Sim, mas só para passear.

Confesso que fiquei surpreso, não podia imaginar que os italianos fossem preconceituosos pois o que eu ouvia deles era o contrário.
Para encerrar ouvimos uma bela canzione italiana:
 

Amor e Paixão

"Amor se sente por dentro
Paixão a gente sente por fora
Amor é interno
Paixão é externa."

A musica faz a gente sentir livre, para andar correndo na chuva.


Jéssica



terça-feira, 13 de julho de 2010

A vida sofrida da Pantera


Tem coisas da minha vida que não posso falar, que são só minhas. Mas tem algumas coisas que eu gostaria de compartilhar:
- não gosto de injeção, quase me dá alergia.
- não posso nem dar risada que a minha cabeça dói. Um infeliz me amarrou, me deu remédio a força, deu uma porrada na cabeça e ainda falou: “você vai ver no próximo plantão!”. Ainda bem que eu não voltei lá!
A minha vida é tão triste que eu não gosto nem de falar. Mas já que insistem, vou continuar:
- Fico muito preocupada com a minha mãe. Eu penso que ela vai operar de novo do coração, que ela vai morrer e me deixar. A pessoa que eu mais amo é a minha mãe.
- Eu gosto da Vitória como se ela fosse a minha irmãzinha do coração.
- Gostei de ir pra praia, tomar banho com os peixes e comer um monte de comida gostosa, muuuuita sobremesa. Só não tinha o que beber, já que eu sou frescurenta e não tomo água – fui pra igreja com a minha mãe, eles quiseram dar aquela água lá e eu fui obrigada a beber. Me deu uma vontade de vomitar...tive que tomar suco pra tirar o gosto daquela água de igreja.
Só isso, né? Tá bom por hoje.
Pantera